Clubhouse: A rede social de 2020 que caiu no esquecimento

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ClubHouse, a rede social que caiu no esquecimento. De desejada à esquecida, o que pode ter feito essa montanha russa descer tão rápido quanto subiu?

No início da ascensão digital, a premissa das redes sociais era o assunto que dominava a modernidade da época. Com efeito, essas redes sociais prometiam muito, para muitos e no fim, mudou o percurso da história para todos. Contudo, se manter no topo exige bastante e é uma tarefa difícil, uma por vez, que o aplicativo Clubhouse, apesar de seu sucesso inicial, não foi capaz de manter.

Portanto, acompanhe o artigo para entender o que aconteceu com o aplicativo que tanto foi falado sobre no último ano. Além disso, entenda a razão para essa promessa de 2021 não ter garantido sua continuidade.

O lançamento do ClubHouse

No início de 2021, em fevereiro, o aplicativo Clubhouse já havia alcançado mais de 8,1 milhões de downloads no mundo todo, segundo pesquisa [App Annie, empresa de pesquisas]. A plataforma era altamente discutida e tornava a aposta clara: o aplicativo seria a próxima grande rede social

Contudo, anteriormente, quando o aplicativo saiu do papel e passou a pertencer ao público. Esse público foi limitado a apenas dois grupos: um maior, composto apenas por usuários do IOS, e outro menor, esse estabelecido dentro do primeiro grupo — os que haviam o convite.

A proposta exclusiva do ClubHouse

O aplicativo estourou e o sucesso não foi atoa. A proposta de exclusividade deu efeito e logo, como a única criança sem o brinquedo brilhante da vez, todo o mundo queria o bilhete dourado — o convite especial que garantiria seu acesso ao aplicativo.

O ClubHouse, porém, não foi o primeiro aplicativo a aplicar a fórmula da exclusividade. Desde os aplicativos que planejam casamentos, até os responsáveis por começar o seu namoro, muitos deles limitam o acesso na plataforma. Seja com o intuito de apenas manter pessoas que consideram dividir o mesmo perfil e valores a rede, ou como o intuito de demonstrar exclusividade e gerar desejo.

Entretanto, quando a busca pelos resultados nesse grupo específico não demonstra trilhar o caminho que a empresa desenhou, não deixar o medo de errar a curva dominar a sua tomada de decisões é uma tarefa ainda mais difícil que tomar essas.

O esquecimento do ClubHouse

Manter a exclusividade foi quase impossível quando o aplicativo já passava pelo ápice da sua crise. Assim, em maio de 2021, o app, que até então funcionaria apenas com convite para usuários de IOS, se tornou aberto para o Android. Após, outras redes sociais, como o Twitter, divulgarem os mesmos recursos do ClubHouse, quebrando o padrão inovador que os mesmos seguiam desde que o app havia sido anunciado.

O processo do esquecimento do aplicativo aconteceu de forma rápida. Em abril, o número de downloads caiu em até 70% conforme outras plataformas testavam seu mesmo modelo, e em fevereiro o aplicativo havia feito a mudança para incluir usuários de Android. Já em julho, o ClubHouse tomou a mesma decisão de antes e excluiu completamente a exclusividade, permitindo que qualquer pessoa com interesse tivesse acesso à plataforma.

Várias teorias são feitas em nome do porquê a rede social não conseguiu manter seus números. Além de retirarem a exclusividade, são apontados fatores como o fim da pandemia e consequentemente, o fim da necessidade urgente que as pessoas sentiam em se conectar. Ademais, o ClubHouse não conseguiu atrair influencers e macro influencers, como nas outras redes sociais, uma vez que essas pessoas tendem a ter um público maior, isso é, um conforto maior em outras plataformas.

Sem dúvidas, todas as teorias exercitam um papel crucial no processo do esquecimento da plataforma. Porém, o que podemos analisar como padrão é a falta integral de planejamento, assim como o fraco posicionamento da ClubHouse enquanto marca. Desde as primeiras palavras já ditas quanto a rede social, a exclusividade fazia dela uma ferramenta fundamental na construção da marca.

Hoje, o aplicativo continua funcionando para todos os usuários IOS e Android, contudo, fechamos com o questionamento: Teremos um retorno para plataforma, ou esperamos a notícia anunciando o fim?

Carolina Glasenapp

Carolina Glasenapp

Planejamento e Conteúdo Estratégico na AMKT ⚡

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